O debate sobre a Tarifa Zero no transporte público de Salvador ganhou um novo capítulo com a manifestação do ex-vereador e pré-candidato a deputado estadual Luiz Carlos Suíca (PT).
Em resposta às declarações do prefeito Bruno Reis (União Brasil), que condicionou a gratuidade total à custódia integral da União, Suíca defendeu a criação de um fundo de custeio tripartite, envolvendo os governos municipal, estadual e federal.
Suíca rechaça o argumento de inviabilidade financeira e aponta o colapso e a precariedade do sistema atual, especialmente nas áreas periféricas da capital baiana. “É possível, sim, a criação de um fundo de custeio para transformar o transporte público de Salvador e entregar à população um serviço de qualidade”, afirmou o pré-candidato.
O prefeito Bruno Reis havia alegado, recentemente, que o custo anual do sistema em Salvador atinge R$ 1 bilhão, e que o investimento municipal, de cerca de R$ 90 milhões por ano, não seria suficiente para cobrir o valor total necessário para a Tarifa Zero.
Suíca contrapõe essa realidade citando dados nacionais: um levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) aponta que 145 cidades no país já oferecem algum nível de gratuidade, sendo 120 delas com gratuidade integral todos os dias da semana.
“Enquanto muitas capitais oferecem gratuidade no transporte, Salvador somente oferece meia passagem aos domingos, mas isso por si só não atende aos anseios da população, principalmente a da periferia, que é a mais impactada com a diminuição e extinção de linhas de ônibus para áreas centrais da cidade”, declarou Suíca.
