A Câmara Municipal de Salvador deu um passo importante no combate à fome nesta quarta-feira (15) ao aprovar uma emenda que proíbe a cobrança de qualquer valor pelas refeições servidas nos restaurantes populares estaduais. A proposta, de autoria do vereador Kiki Bispo (União Brasil), foi incluída no projeto que trata da adesão da capital baiana ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN).
Atualmente, os dois restaurantes populares do Estado – localizados nos bairros da Liberdade e do Comércio – cobram R$ 2 por refeição, mesmo atendendo pessoas em extrema vulnerabilidade. Kiki Bispo considerou a cobrança “injusta e desumana”, especialmente diante do avanço da insegurança alimentar em Salvador. “Imagine cobrar dois reais de quem não tem sequer o que comer. É uma crueldade. Essa Casa demonstrou sensibilidade ao aprovar essa medida”, disse o parlamentar durante o debate.
O vereador fez questão de comparar o modelo estadual ao programa da Prefeitura de Salvador, que já oferece alimentação gratuita em dez unidades municipais, todas com estrutura industrial e foco no atendimento à população mais pobre. Para Kiki, essa política precisa ser unificada entre município e Estado.
A emenda agora aguarda sanção do prefeito Bruno Reis. Se aprovada, ela obrigará todos os restaurantes populares públicos de Salvador a servirem refeições gratuitamente, fortalecendo o papel do poder público no combate à fome e à desigualdade social.
Com atuação anterior como secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza, Kiki Bispo reforçou que a medida tem alcance social real.
“Não se combate a fome cobrando de quem tem fome. Essa medida é pelo povo pobre da nossa cidade”, concluiu.

